Nova Zelândia e Brasil buscam ampliar relações em várias áreas

Para se destacar no cenário internacional, a pequena e distante Nova Zelândia precisou se abrir e investir bastante em inovação. O país possui uma vasta rede de acordos de livre comércio com os principais países e blocos econômicos do mundo. Com isso, a Nova Zelândia se destaca no comércio exterior. Além disso, foi um dos primeiros países a conseguir um acordo de livre comércio com a China.

Em 2017, a ONG Transparência Internacional elegeu a Nova Zelândia como o país com menor nível de corrupção no setor público. E também conquistou o título de nação mais próspera junto com o primeiro lugar na lista de lugares mais fáceis para se negociar em todo o mundo. Esta lista foi elaborada pelo Banco Mundial e o Brasil ocupa o 125º lugar.

Com todas essas honrosas conquistas, temos muito que aprender com o pequeno país. Principalmente em questão de desburocratizações de empresas e impostos. Para o Banco Mundial, por possuir menos etapas para se criar uma empresa, a Nova Zelândia é o melhor lugar para se abrir um negócio. Nos benefícios ainda pode se incluir o tempo reduzido que procedimentos burocráticos e legais tomam – são precisas apenas 12 horas. Na prática, esse processo, que é inteiramente virtual, pode ser ainda mais rápido e consumir apenas duas horas.

A Nova Zelândia possui um total de 500 startups, com uma densidade de uma startup a cada 9.483 habitantes. Já no Brasil, existe uma empresa inovadora para cada grupo de 50.136 pessoas.

Aproximação comercial e na cooperação

Mesmo com a distância, Brasil e Nova Zelândia procuram aumentar as suas relações políticas, comerciais e de cooperação. Em 2013, foi assinado por John Key e Dilma Rousseff um acordo de cooperação científica, tecnológica e de inovação.

Além deste acordo, também foi firmado outro que permite empresas dos dois países operarem sem limitações de tarifas ou passageiros. Assim, também buscam ampliar conexões e aumentar o fluxo comercial e turístico bilateral.

Em 12 de julho, o Embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Chris Langley, visitou a Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo). A visita tinha como objetivo tratar das perspectivas de criação de rotas ligando os dois países. E, também, debater sobre ações de cooperação para troca de experiências na promoção do turismo.

A expectativa é de que em breve sejam criados voos regulares entre os dois países. Em reunião na Embratur, discutiu-se o modelo de branding neozelandês. Este é considerado referência no mundo por incluir a promoção comercial e de serviços, entre eles o turismo.

Com uma população de 4,7 milhões de habitantes, a Nova Zelândia recebe cerca de 3,5 milhões de turistas estrangeiros por ano (contra pouco mais de 6 milhões recebidos pelo Brasil). Assim gerando uma receita de aproximadamente R$ 25 bilhões.

Comércio bilateral

O intercâmbio comercial brasileiro-neozelandês registrou as cifras mais expressivas em 2013. Naquele ano, as exportações brasileiras totalizaram US$ 74 milhões e as importações somaram US$  158 milhões. Com uma corrente comercial no montante de S$ 232 milhões, o comércio entre os dois países proporcionou à Nova Zelândia um superávit de US$ 84 milhões, o maior da história das trocas entre os dois países.

Este ano, o Brasil exportou mercadorias no valor de US$ 28,3 milhões e importou US$ 28,7 milhões em produtos neozelandeses. Estes dados foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Os manufaturados foram responsáveis, no primeiro semestre de 2018, por 66,3% das exportações para a Nova Zelândia. Com isso, gerou-se uma receita de US$ 18,8 milhões. Os produtos básicos, com vendas no total de US$ 8,18 milhões, tiveram uma participação de 28,8% nos embarques para aquele país.

Já as exportações de produtos semimanufaturados somaram US$ 1,32 milhões, equivalentes a 4,66% do total embarcado para a Nova Zelândia.

Produtos

Os principais produtos exportados para a Nova Zelândia foram órgãos e substâncias de animais para a produção de produtos farmacêuticos (US$ 4,17 milhões), suco de laranja concentrado (US$ 3,6 milhões), máquinas para terraplenagem (US$ 3,3 milhões), café em grãos (US$ 3 milhões) e calçados (US$ 1,4 milhão).

As exportações neozelandesas para o Brasil também tiveram como destaque os produtos industrializados, responsáveis por 78,4% das vendas e uma receita no valor de US$ 22,5 milhões, seguidos pelos produtos básicos (US$ 4,35 milhões e participação de 15,1%) e produtos semimanufaturados (US$ 1,87 milhão, correspondentes a 6,5% dos embarques totais para o Brasil).

Os destaques ficaram por conta dos produtos constituídos do leite (US$ 7,9 milhões), demais produtos manufaturados (US$ 6 milhões), filés de peixes congelados (US$ 2,2 milhões), demais produtos básicos (US$ 1,6 milhão) e ligas de alumínio (US$ 1,6 milhão).

Fonte: Comex do Brasil

 

Julia Onorato

Dpt. de Marketing e Comunicação

(11)2348 4400


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