A comercialização da safra de soja brasileira de 2018/19 avançou de forma lenta, no último mês. Assim atingindo 42,9% da produção projetada para o País. A informação foi retirada da consultoria Safras & Mercado.
Com dados de 8 de fevereiro, no relatório anterior, o número de vendas era de 38,4%.
“Fatores como o Carnaval e os preços pouco atrativos afastaram os vendedores do mercado”, disse o analista da Safras, Evandro Oliveira. Após um início de temporada com negócios acelerados, as vendas ficaram mais lentas.
No mesmo período do ano anterior, a negociação envolvia 43,5% e a média para o período é de 50,3%. O total de soja já negociado é de 49,486 milhões de toneladas, de acordo com a consultoria.
Após a lentidão nos negócios no último mês, os valores da soja voltaram a subir no mercado interno. Isso aconteceu pelo forte ritmo de embarques nos portos brasileiros e pela alta do dólar.
“Além da entrega de contrato a termo, agora, as negociações no mercado spot também começaram a ganhar força, especialmente devido à valorização do dólar frente ao real, que torna o produto nacional mais atrativo aos importadores”, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, na última sexta-feira.
A alta nos preços brasileiros, no entanto, foi limitada pela redução nos prêmios de exportação, notou o Cepea. Ainda assim, a paridade de exportação indica preços a R$ 80,84 por saca de 60 quilos para abril de 2019, a R$ 81,95 a saca para maio e R$ 83,59 para junho, quando considerado o dólar futuro negociado na B3 na quinta-feira (07).
A safra de soja do Brasil 2018/19 foi estimada na sexta-feira em 116,5 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que reduziu a sua estimativa mensal em 500 mil toneladas. A produção de milho no País em 2018/19 foi projetada pelo USDA em 94,5 milhões de toneladas.
Fonte: DCI