Durante uma guerra comercial entre grandes potências, o Brasil lança a Coalização Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB).
O grupo coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) busca reduzir barreiras que prejudicam as exportações locais. A entidade já identificou 20 barreiras comerciais. Estas, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV), impediram exportações de US$ 30,5 bilhões em produtos brasileiros em 2017.
Países membros do G-20, que reúne as maiores economias do mundo, dominam a lista, com 17 barreiras. Na lista de vetados pela União Europeia, por exemplo, está o pão de queijo. A região proíbe a entrada de produtos com mais de 50% de lácteos em sua composição. Entretanto, o pão de queijo nacional tem apenas 20% do derivado do leite. Já os EUA estabelecem cotas para lácteos brasileiros.
O suco de laranja paga 7,5% se entrar na China com temperatura abaixo de 18ºC. Se estiver mais alta, o imposto vai a 30%. “A vizinha Argentina exige declaração da composição de produtos têxteis”.
“O foco da coalizão será atuar de forma proativa para derrubar barreiras que impedem nosso acesso a mercados no exterior”, diz Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que também vai presidir a CFB.
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, diz que a ideia é “trabalhar a competitividade tanto da porta para dentro do Brasil, com a facilitação do comércio, quanto para fora, com a eliminação de barreiras”.
O lançamento da coalizão será às 15h, no escritório da CNI. O lançamento contará com a presença do diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. E também com a do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima.
Confira quem são os outros participantes do lançamento:
No primeiro painel, às 15h10, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Global Alliance for Trade Facilitation e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) vão assinar um memorando de entendimento (MoU) na área de facilitação de comércio.
O Brasil enfrenta uma série de obstáculos para a ampliação de nosso comércio exterior. A Coalizão reúne cerca de 80 representantes do setor industrial que procuram promover melhorias na política comercial do País.
Por um lado, a coalizão atacará entraves internos, facilitando o comércio exterior. Por outro, vai elaborar estratégias para identificar e atacar problemas em mercados externos que afetam as exportações brasileiras.
A coalizão será presidida por Fernando Valente Pimentel, atual presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), e terá sua agenda de trabalho organizada pela área internacional da CNI, por meio de sua Gerência de Política Comercial.
(*) Com informações da CNI
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios