A Maersk Tankers, divisão da Maersk que atua no transporte de combustíveis, o Energy Technologies Institute (ETI), instituto de pesquisa público-privado financiado pelo governo britânico e empresas de energia e engenharia, e a Shell Shipping & Maritime, área de transporte e negócios marítimos da Shell, vão realizar testes com navios movidos a energia eólica. Eles serão feitos nos próximos dois anos pela Norsepower, empresa finlandesa que constrói velas de rotor para o petroleiro Maersk.
De acordo com Tommy Thomassen, diretor técnico da Maersk Tankers, se os dispositivos economizarem tanto combustível quanto o esperado – até 10% em média – em uma rota global típica, a companhia tem a pretensão de usá-los em seus navios maiores. O interesse se justifica pelas novas regras de controle da poluição marítima, que devem entrar em vigor em 2020. Elas exigem o uso de combustíveis com um teor de enxofre muito menor, que deve ser mais caro do que os óleos combustíveis atuais. “Esse é um dos fatores de mercado que tornam esse tipo de tecnologia de propulsão eólica muito mais interessante”, explica Tuomas Riski, CEO da Norsepower. A empresa tem estudado várias ideias para cortar o uso de combustível marítimo ao longo dos anos, desde velas movidas a energia solar até pipas para rebocar embarcações.
Cortar o uso de combustíveis fósseis pode parecer um contrassenso para uma companhia petrolífera como a Shell. No entanto, sua área de transporte e negócios marítimos, que está coordenando o projeto, tem dez petroleiros e cerca de 40 transportadores de gás natural liquefeito. Por isso, a Shell atuará como coordenadora do projeto e prestará consultoria operacional e portuária, enquanto a Maersk Tankers fornecerá insights técnicos e operacionais.
Escrito por Equipe Linkmex.
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