Já se passaram mais de dois messes da suspensão da Venezuela do Mercosul e o ocorrido tem sido avaliado positivamente. Pelo menos segundo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.
O ministro afirmou,diminuíram os “entraves nas negociações do Mercosul, trazendo mais liberdade de atuação aos quatro países sócio-fundadores do bloco”. No entanto, repreendeu a perda de foco no comércio, “O Mercosul está paralisado, durante um bom tempo, com os agregados, as questões que não dizem respeito à vocação original, o comércio”.
A sanção foi aplicada por ruptura da ordem democrática. Com base nas cláusulas do Protocolo de Ushuaia, de 1998, exigindo a libertação de presos políticos, restauração de competências do Poder Legislativo, retomada do calendário eleitoral e anulação da convocação da Assembleia Constituinte na Venezuela.
Foi acordado no inicio do ano, que os membros do Mercosul derrubariam 78 obstáculos comerciais entre os países do bloco e de acordo com o ministro 57 barreiras foram superadas até então. Foi assinado também, em abril deste ano, um protocolo de cooperação, que impede que investidores externos tenham vantagem sobre os que compõem o bloco, o que assegura mais proteção jurídica aos membros.
O ministro também falou sobre as barreiras técnico-sanitárias sobre os diferentes tipos de produtos, um assunto considerado delicado por ele, pois “nem todos os países têm agências reguladoras como o Brasil, como Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia]”.
Existe uma expectativa de anuncio de um acordo comercial do bloco com a União Europeia (UE) ainda este ano. De acordo com o embaixador Ronaldo Costa Filho “A União Europeia tem grande interesse em firmar o acordo. O compromisso é irreversível”.
Fonte: Agência Brasil.